Automação residencial. Esse termo soa como sendo algo muito futurista, caro e ainda distante das residências, não é verdade?
Pois é, mas a realidade é outra! Isso porque profissionais, como arquitetos, e moradores aficionados por tecnologia sabem que as casas inteligentes têm se desenvolvido a ponto de ter suas soluções rapidamente incorporadas no dia a dia de muitas residências.
Prova disso é que já é possível controlar a temperatura do ar-condicionado, as luzes da sala, o movimento das cortinas e até ligar a cafeteira com apenas um toque na tela do celular.
Mas, para que a automação residencial seja adotada de forma eficiente e econômica, seguir um passo a passo é fundamental. Assim, o investimento nessas tecnologias poderá trazer os resultados esperados.
Saiba mais sobre casas inteligentes e veja quais são os itens essenciais para um bom planejamento de automação em casas.
O que é a automação residencial?
A automação residencial é um avanço tecnológico que, apesar de ser cada vez mais falado, não é um conceito necessariamente novo. Sabe-se que as primeiras tecnologias de casas automatizadas foram aplicadas na década de 1970.
Portanto, a ideia de transformar casas em ambientes altamente inteligentes e interconectados já existe há cerca de 50 anos.
Nesse período, muitas inovações ocorreram, tornando a automação residencial um mercado promissor e que promete trazer muito mais eficiência e conforto aos lares.
No que tange à parte técnica, esse conceito envolve a integração de sistemas eletrônicos e dispositivos para automatizar e controlar uma variedade de funcionalidades dentro de uma residência.
Isso pode ser feito por meio do uso de tecnologias como sensores, redes de comunicação, dispositivos inteligentes, cabeamento estruturado, entre outros.
Com elas, os moradores podem gerenciar aspectos diversos da sua casa, tais como iluminação, climatização, segurança, entretenimento e até mesmo eletrodomésticos, de forma centralizada e remota.
Na automação residencial, cada projeto é único: os sistemas devem ser programados para responder a comandos específicos, horários ou outras condições, que dependem das necessidades de cada família, do orçamento disponível e da infraestrutura da residência.
Por exemplo, é possível configurar a iluminação para ajustar-se automaticamente ao nível de luz natural que entra em um cômodo, acionar a climatização minutos antes de chegar em casa, desligar as lâmpadas mesmo após ter saído da residência, programar o funcionamento da cafeteira para um determinado momento, e muito mais!
Além dessas possibilidades, a integração com assistentes de voz e aplicativos móveis pode facilitar ainda mais o controle dos sistemas, proporcionando um resultado mais útil e avançado.
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Componentes de um sistema de automação residencial
Um sistema de automação residencial é composto por diversos componentes, softwares e outros dispositivos que, em conjunto, permitem criar um ambiente extremamente funcional e eficiente.
Vale lembrar que, como reforçado anteriormente, cada projeto é único e demandará equipamentos específicos. Porém, em geral, os componentes encontrados na maior parte das casas automatizadas são:
- Controladores centrais: dispositivos que gerenciam e coordenam todos os sistemas automatizados. Podem ser computadores, celulares, teclados inteligentes, entre outros.
- Sensores: equipamentos destinados a captar as informações do ambiente. Nesse caso, incluem-se sensores de movimento, temperatura, umidade, luminosidade, som etc.
- Atuadores: podem acionar mecanismos, mover componentes ou realizar operações específicas em sistemas automatizados, como abrir e fechar válvulas, mover portas etc.
- Dispositivos inteligentes: aqui incluem-se produtos como lâmpadas, termostatos, fechaduras e eletrodomésticos fabricados de forma que seja possível controlá-los remotamente.
- Redes de comunicação: são os instrumentos de conectividade, como Wi-Fi e Bluetooth, que permitem a comunicação entre os dispositivos. Em alguns casos, pode ser necessário substituir essas conexões sem fio por cabeamentos estruturados.
Principais tipos de automação residencial
A automação residencial engloba diversos tipos de projeto, cada um direcionado para necessidades e desejos específicos dos moradores. Confira os principais:
Automação de iluminação
A automação de iluminação permite ajustar a intensidade das luzes, sua cor e temperatura, de acordo com a hora do dia ou atividade. Por exemplo, em um jantar, a opção por uma luz mais amarelada traz a sensação de conforto, podendo ser substituída por uma luz mais intensa em um horário de estudos.
Automação de climatização
Esse tipo de automação, por sua vez, permite controlar sistemas de aquecimento, ventilação e ar-condicionado, o que agrega valor em termos de conforto e também de eficiência.
Uma aplicação possível é a programação do sistema para manter a temperatura ideal durante a noite e para desligar os equipamentos automaticamente quando a casa estiver vazia.
Automação de segurança
Reúne os diversos sistemas voltados para a proteção da residência. Por isso, nesse tipo de automação são usados dispositivos como sensores de movimento, câmeras de vigilância e alarmes.
Alguns projetos preveem que, ao detectar movimento na casa durante um período em que não era para ter ninguém na residência, o sistema deve acender as luzes externas e enviar notificações ao celular do proprietário, por exemplo.
Automação de entretenimento
Essa categoria, mais voltada para o lazer, torna a experiência de entretenimento em casa muito mais prazerosa.
Através de sistemas automatizados, pode-se controlar aparelhos de áudio, vídeo, home theater e muitos outros de maneira centralizada.
Isso significa, por exemplo, que ao iniciar um filme, as cortinas podem se fechar automaticamente, as luzes diminuir e o sistema de áudio ajustar-se para proporcionar uma imersão completa e mais parecida com a de um cinema.
Já imaginou ter tudo isso em casa?
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Quais os benefícios da automação residencial?
A instalação de um sistema de automação residencial traz consigo uma série de benefícios. Alguns deles já foram, inclusive, citados ao longo do artigo. Abaixo estão reunidas as principais vantagens:
Como criar um projeto de automação residencial?
Para criar um projeto de automação residencial mais completo, ou seja, que envolva mais que automações isoladas de equipamentos específicos, é aconselhável contar com a expertise de profissionais qualificados.
Esses profissionais podem ser engenheiros eletricistas, especialistas em automação e integradores de sistemas. Eles deverão avaliar sua residência, suas preferências, infraestrutura disponível e seu orçamento para desenvolver um projeto personalizado para o seu caso.
Como você deve ter percebido, existem inúmeras possibilidades. Por isso, antes de contactar a empresa ou profissional que te ajudará nesse projeto, reflita sobre o que você deseja fazer e quais são as suas prioridades.
Além disso, vale se certificar de que tem uma planta correta e atualizada da sua residência. Ela é essencial para o planejamento e a implementação do projeto de automação!
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Dicas para adotar um sistema de automação residencial na prática!
Nas residências, tudo que tiver conectividade elétrica pode ser automatizado. Mas, para uma solução mais completa de uma casa com essa característica, o investimento em conhecimento, em um bom projeto e em uma solução ideal para cada tipo de necessidade, é essencial.
Por isso, alguns pontos considerados fundamentais em um projeto de automação residencial precisam ser seguidos. Acompanhe adiante.
Conheça as necessidades e as possibilidades da residência
Com a popularização das casas inteligentes, muitas são as opções de tecnologia disponíveis para moradores e arquitetos. Por isso, entender tais possibilidades é o ponto de partida para iniciar qualquer bom projeto de automação.
Planeje e estabeleça objetivos
Todo projeto de automação começa com um bom levantamento das principais necessidades, tanto as imediatas quanto as futuras. Para o curto e médio prazos, o arquiteto deve saber o que o morador quer automatizar e planejar a melhor solução para isso.
Mas, se o projeto estiver associado à construção de um imóvel, vale planejar muito bem as necessidades de infraestrutura para o futuro da automação, evitando reformas ou obras futuras.
Um bom planejamento nesse cenário ajuda a reduzir desperdícios de recursos e perda de tempo com retrabalho daquilo que foi esquecido durante a obra.
Defina o que será automatizado
O morador, junto ao arquiteto, deve escolher quais ambientes da casa serão automatizados ou, até mesmo, se será toda a residência. Depois disso, solicita-se um orçamento conforme os itens escolhidos a uma empresa de confiança.
Solicite um projeto com a infraestrutura necessária
Após definir todo o sistema que será utilizado na casa automatizada, prossiga com a solicitação de um projeto contendo toda a infraestrutura necessária para instalação de um sistema de automação.