Curva de disjuntores: o que é e o que indica?
15.03.2023 | 5 minutos de leituraConsiderado um dos dispositivos mais importantes no setor elétrico, o disjuntor é um equipamento fundamental em todos os circuitos. Além de terem várias opções de aplicação, estes dispositivos são responsáveis por manterem a segurança de seres humanos, equipamentos e edificações.
Desse modo, é importante compreender que uma curva de disjuntores garante que os dispositivos serão acionados de acordo com a corrente e tempo padronizados em norma. No artigo a seguir, vamos explicar em detalhes o conceito do procedimento e como ele colabora para evitar acidentes relacionados a curtos-circuitos.
O que é uma curva de disjuntores?
Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que a curva de disjuntores é o método que identifica o tempo no qual um disjuntor suporta uma corrente, acima da intensidade estabelecida, por um período determinado. Essa informação é necessária para monitorar equipamentos sensíveis, que podem ser danificados por uma interrupção abruta da corrente ou quando sofrem uma carga maior de energia.
Outro alerta importante é feito em relação ao processo de partida de motores que estão desligados. A ligação exige uma carga maior de corrente, bem maior do que o limite suportado, impactando no trabalho do disjuntor. Por isso, a curva apontará a capacidade de corrente e qual o limite permitido, além da energia nominal.
Em termos práticos, a corrente elétrica não pode ultrapassar o limite de velocidade, caso contrário o equipamento pode sofrer avarias. Portanto, a curva do disjuntor identificará e acionará a proteção para o sistema.
Quais são as indicações da curva de disjuntores?
A curva de disparo dos disjuntores informa o índice de velocidade que o aparelho leva para desarmar uma corrente determinada. Por esse motivo, existem diferentes níveis de curva, categorizando o desempenho do dispositivo e para qual carga é indicado.
É válido acrescentar que a classificação das curvas foi estabelecida pela International Electrotechnical Commission: IEC 60898-1 e IEC 60947-2. A organização utilizou um código alfabético (B, C, D, K e Z) para identificar os disjuntores, bem como para padronizar os limites mínimo e máximo que os dispositivos aguentam uma sobrecarga elétrica.
Para que seja possível compreender a finalidade de cada curva, é fundamental ter conhecimento sobre o significado desses códigos. Por isso, acompanhe as características apresentadas a seguir:
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Z – Atua a partir de 2 a 3 vezes do aumento da corrente nominal, portanto é recomendado para aplicações altamente sensíveis, como dispositivos e semicondutores.
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B – Entra em funcionamento a partir de 3 a 5 vezes do aumento da corrente nominal.
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C – É desarmado de 5 a 10 vezes da corrente, sendo recomendado para correntes de inrush médias.
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K – Funciona com sobrecarga entre 10 e 14 vezes da corrente, sendo adequado para cargas altas de inrush, principalmente no uso em motores e transformadores.
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D – Funciona entre 10 e 20 vezes, empregado para altas correntes de partida de equipamentos.
Considerações sobre as curvas de disparo
Como foi possível verificar, as curvas de disjuntores têm o objetivo de mostrar o tempo necessário para que o dispositivo desarme o circuito. Dessa maneira, quanto maior for a intensidade da corrente, menor será o tempo que o aparelho permanecerá em repouso.
Além disso, é essencial ter conhecimento sobre a variedade de curvas de disparo e as opções apresentadas para distintos níveis de corrente. Com essa informação é possível selecionar o disjuntor mais adequado ao projeto de instalação elétrica.
Sendo assim, para garantir o equilíbrio ideal entre proteção e redução no número de disparo dos disjuntores, consulte o fabricante ou o distribuidor do aparelho. Com informações detalhadas da aplicação desejada, os especialistas poderão recomendar a melhor opção do produto.
Portanto, as curvas de disjuntores são a maneira mais eficiente de prever o comportamento do aparelho em relação à proteção do circuito, em situações de sobrecargas rápidas ou lentas.
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