A instalação elétrica residencial é um dos processos mais importantes em reformas e criação de projetos. De modo geral, quando bem planejada e executada, garante segurança e eficiência para a casa.

O processo de instalação de componentes elétricos residenciais é dividido em algumas etapas, para garantir a eficiência e a qualidade do sistema, além da segurança dos profissionais responsáveis.

Neste guia, você vai conhecer os fundamentos básicos desse processo, desde a importância do planejamento inicial até o passo a passo de uma instalação elétrica residencial.

Continue a leitura!

Fundamentos da elétrica residêncial

Primeiramente, é necessário compreender os fundamentos e as nomenclaturas da elétrica residencial para garantir a segurança e a qualidade do sistema.

Os conceitos básicos de eletricidade envolvem a corrente elétrica, a tensão e a resistência:

• Corrente elétrica: é o fluxo de elétrons através de um condutor, medido em amperes (A);
• Tensão: é a força que impulsiona os elétrons, medida em volts (V);
• Resistência: é a oposição ao fluxo de elétrons, medida em ohms (Ω).

Além disso, existem dois tipos principais de corrente elétrica: a corrente alternada (CA) e a corrente contínua (CC).

A corrente alternada (CA) é aquela em que a direção do fluxo de elétrons muda periodicamente, como é o caso da energia fornecida pela rede elétrica de nossas casas. 

A corrente contínua (CC), por outro lado, mantém um fluxo constante de elétrons em uma única direção, como a energia fornecida por baterias.

Leia também: Entenda a importância do monitoramento de corrente

Planejamento da instalação elétrica residêncial

A etapa de planejamento envolve processos e atividades preventivas que visam garantir que a instalação elétrica seja realizada da maneira correta. Em outras palavras, sem quaisquer tipos de problemas no meio do caminho, como, por exemplo, sobrecargas, falhas, curto-circuitos ou outros imprevistos que possam causar acidentes ou prejuízos financeiros na residência.

Essa é uma realidade preocupante no país. Nos últimos 11 anos, o número de incêndios provocados por curto-circuitos quadruplicou no Brasil e mais da metade dos registros de 2023 aconteceram em residências.

Além disso, um bom projeto elétrico facilita a manutenção e possíveis expansões futuras, garantindo que todas as necessidades energéticas da residência sejam contempladas de maneira adequada.

Confira alguns processos importantes que ocorrem na fase de planejamento da instalação elétrica residencial:

Elaboração de um projeto elétrico

O projeto elétrico inclui todas as informações, cálculos e outros detalhes de como será a instalação elétrica do local.

Por isso, a sua elaboração envolve a leitura e a interpretação de plantas elétricas, que são indispensáveis para entender o fluxo de distribuição dos circuitos e dos componentes elétricos pela residência. 

Dessa forma, um bom projeto precisa dimensionar corretamente os circuitos e as cargas elétricas, garantindo que todos os aparelhos e dispositivos funcionem adequadamente, sem sobrecarregar o sistema.

Definição de pontos de energia

A definição dos pontos de energia inclui interruptores, tomadas e pontos de luz.

Ou seja, é necessário determinar a distribuição e a quantidade desses pontos de forma estratégica, considerando o uso de cada ambiente e a disposição dos móveis, para garantir praticidade e funcionalidade no dia a dia.

Quartos, salas e cozinhas, por exemplo, necessitam de mais pontos de energia do que banheiros e varanda, inclusive pela questão de segurança dos moradores.

É importante lembrar também de considerar as necessidades de corrente (10A ou 20A) e tensão (127V e 220V). Alguns aparelhos, como airfryer e secador de cabelo, necessitam de uma potência maior para funcionar — como tomadas de 20A.

Componentes básicos de uma instalação elétrica

Cada componente da instalação elétrica contribui de forma ativa para a sua estrutura base, desde a distribuição da eletricidade até a proteção contra curto-circuitos.

Por isso, entender a função e a importância de cada um é vital para garantir a integridade do sistema, evitando que nenhum componente falte no processo e influencie na qualidade da instalação. Confira quais são eles:

Fios e cabos

Em geral, esses elementos são responsáveis pela condução da eletricidade em uma instalação elétrica.

Eles variam em espessura, tipo de material e qualidade do isolamento, de acordo com a necessidade do circuito. 

Os fios são geralmente utilizados em instalações internas e em pequenas conexões, enquanto os cabos são mais robustos e utilizados para conduzir correntes maiores ou em áreas externas. 

Por isso, a escolha adequada pelo profissional eletricista é importante para garantir a segurança e a qualidade do sistema, prevenindo superaquecimentos e acidentes.

Conectores e terminais

Conectores e terminais são componentes que permitem conexões seguras entre fios e cabos. Além disso, também garantem que elas sejam firmes e estáveis, evitando qualquer tipo de mau contato que gera falhas no sistema. 

Em geral, os conectores são utilizados para unir dois ou mais fios, enquanto terminais são usados para conectar fios a dispositivos elétricos, como disjuntores e tomadas. 

Dessa forma, a correta utilização desses componentes é o que pode manter a integridade das conexões elétricas e prevenir acidentes.

Controladores de fator de potência

Os controladores de fator de potência são dispositivos que melhoram o uso de energia elétrica em uma instalação. Eles ajudam a reduzir a energia reativa — aquela que não realiza trabalho útil — e a aumentar a energia ativa, que é efetivamente utilizada.

O processo resulta em menor desperdício de energia e em uma conta de luz com valor mais baixo.

Além disso, a correção do fator de potência reduz a carga sobre os equipamentos elétricos, prolongando sua vida útil e aumentando a estabilidade do sistema elétrico.

Leia também: Tudo que você precisa saber sobre correção de fator de potência

Disjuntores e fusíveis

Disjuntores e fusíveis são dispositivos de proteção que interrompem o fluxo de corrente elétrica em caso de sobrecarga ou curto-circuito. 

Na prática, disjuntores podem ser rearmados manualmente após uma falha, enquanto os fusíveis precisam ser substituídos. 

Ambos desempenham um papel vital na prevenção de danos aos equipamentos elétricos e na redução do risco de incêndios. Portanto, a escolha e a instalação correta desses dispositivos são fundamentais para a segurança da instalação elétrica residencial.

Conheça as opções de minidisjuntores residenciais e fusíveis da ABB e garanta a qualidade que sua instalação precisa:

IDRs e DPSs

Os IDRs (Interruptores Diferenciais Residuais) e os DPSs (Dispositivos de Proteção contra Surtos) são componentes exclusivos para proteção elétrica.

Basicamente, os IDRs detectam fugas de corrente e desligam o circuito automaticamente, prevenindo choques elétricos.

Já os DPSs protegem a instalação contra surtos de tensão, ou seja, como aqueles causados por raios diretos, indiretos, surtos por chaveamento ou falhas na rede elétrica, desviando a corrente excessiva para a terra.  

Os Dispositivos de Proteção contra Surtos da ABB possuem proteção do Tipo 1, Tipo 2 ou Tipo 1+2, de acordo com a norma IEC 61643-11.

Já a linha de Interruptores Diferenciais FH 200 é desenvolvida com a qualidade ABB e em conformidade com a norma IEC/EN 61008.

Quadros de distribuição

Os quadros de distribuição, também conhecidos como painéis elétricos, são responsáveis pela liberação da energia elétrica para os diversos circuitos de uma residência.

Eles contêm disjuntores e outros dispositivos de proteção que controlam o fluxo de eletricidade para cada área da casa.

Por isso, a organização e a manutenção adequada dos quadros são as principais formas de garantir a segurança e o bom funcionamento do sistema elétrico. 

Outro ponto a considerar é a sua acessibilidade e identificação,  para facilitar a intervenção em caso de urgência.

É por isso que a Linha Mistral e a Linha Maestro da ABB trazem a versatilidade, flexibilidade, qualidade, eficiência e segurança que você precisa para aplicações residenciais, com amplo espaço interno, acessórios, além de opções de embutir ou sobrepor.

Tomadas e interruptores

Tomadas e interruptores são os pontos de conexão e controle mais visíveis em uma instalação elétrica.

As tomadas permitem a ligação de aparelhos eletrodomésticos à rede, enquanto os interruptores controlam o acendimento e apagamento das luzes e outros dispositivos. 

A escolha de modelos de qualidade e a instalação correta desses componentes garantem segurança e praticidade no uso diário. Por isso, as tomadas e interruptores da ABB oferecem, além da qualidade, design e sofistificação para os espaços.

Leia também: Você sabe qual a altura ideal de cada tomada ou interruptor?

Passo a passo para a instalação elétrica

Ao longo deste guia, você percebeu que a instalação elétrica residencial requer um planejamento e execução meticulosa para garantir a segurança e qualidade do sistema. 

Por isso, seguir um bom passo a passo ajuda a evitar erros e garante que todos os componentes sejam instalados corretamente. 

Veja nosso guia prático para a instalação elétrica, desde a preparação inicial até a instalação dos pontos de luz:

1. Preparação

Antes de iniciar qualquer trabalho, desligue a energia elétrica da residência para evitar acidentes. Após isso, identifique e demarque os locais de instalação, como tomadas, interruptores e pontos de luz, usando a planta elétrica como guia. 

Outro ponto importante é garantir que todos os materiais e ferramentas necessários estejam disponíveis e em boas condições de uso.

2. Instalação dos condutores

A passagem de fios e cabos deve ser feita de acordo com o desenho do projeto elétrico, garantindo que cada condutor siga o trajeto planejado. Sendo assim, utilize conduítes para proteger os fios e facilitar a manutenção residencial futura.

Após esse processo, conecte os fios nos terminais corretos, observando a polaridade e as especificações técnicas de cada componente. 

Por fim, verifique se todas as conexões estão firmes e bem isoladas para evitar fuga de corrente e curtos-circuitos.

3. Montagem do quadro de distribuição

Instale os disjuntores e dispositivos diferenciais no quadro de distribuição, seguindo o especificado no esquema elétrico residencial.

Nesse momento, organize e fixe todos os cabos de maneira ordenada para facilitar a identificação e a manutenção. Além disso, todos os componentes precisam estar corretamente instalados e as conexões seguras. 

A organização do quadro de distribuição é um passo importante para a continuidade e o bom funcionamento do sistema elétrico.

4. Conexão de tomadas e interruptores

Escolha os tipos de tomadas e interruptores adequados para cada ambiente, considerando a funcionalidade e especificidade do cômodo.

O próximo passo é fazer a ligação correta dos fios, seguindo as instruções dos fabricantes e as normas técnicas. Após a instalação, teste o funcionamento de cada tomada e interruptor para garantir que estejam operando corretamente.

5. Instalação de pontos de luz

Escolha luminárias e lâmpadas, levando em conta a iluminação necessária para cada ambiente e a eficiência energética. 

Realize a conexão dos fios nos pontos de luz, seguindo as orientações do projeto elétrico. Verifique também o funcionamento de cada um deles, garantindo que todas as luminárias estejam instaladas e funcionando.

Leia também: Iluminação funcional X iluminação decorativa

Segurança para instalação elétrica residencial

Garantir a segurança na instalação elétrica residencial é muito importante para prevenir acidentes graves. Por isso, as melhores práticas envolvem equipamentos de proteção corretos, a noção de aterramento e isolamento, e, principalmente, o conhecimento das normas de segurança.

Saiba mais sobre cada tópico citado:

Normas de segurança

A Norma Regulamentadora (NR) 10 serve para garantir a segurança em instalações e serviços elétricos. Ela estabelece as informações indispensáveis para a proteção contra choques elétricos, incêndios e outras emergências.

Além da NR10, temos a Norma Brasileira (NBR) 5410, regida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ela prevê as condições mínimas necessárias para projetos elétricos de baixa tensão, cobrindo desde a escolha dos materiais até a instalação propriamente dita, para também trazer maior segurança e prevenir acidentes.

A NBR 14039, por outro lado, foca em instalações elétricas de média tensão, estabelecendo padrões para a proteção, controle e monitoramento de sistemas elétricos mais robustos. 

Ambas as normas complementam a NR10 ao estabelecer diretrizes técnicas detalhadas que garantem a segurança dos profissionais envolvidos em atividades elétricas.

Leia também: A importância das normas de eletricidade

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

O uso correto de EPIs como luvas isolantes, capacete, óculos de proteção, protetor facial e calçados adequados é de extrema importância para a segurança pessoal durante as intervenções elétricas. 

Esses equipamentos reduzem o risco de choques elétricos e queimaduras, aumentando a barreira de proteção contra imprevistos graves no ambiente de trabalho.

Verificação de aterramento e isolamentos

A verificação periódica do aterramento e dos isolamentos elétricos também pode evitar falhas que resultam em curtos-circuitos e outros incidentes graves. 

O ideal é sempre realizar inspeções para garantir que todos os componentes estejam funcionando em boas condições e em conformidade com as normas de segurança elétrica.

Manutenção da instalação elétrica residencial

Realizar a manutenção da instalação elétrica residencial, principalmente a preventiva, é uma etapa importante para o bom funcionamento do sistema elétrico.

Logo, a manutenção começa com a avaliação periódica dos componentes elétricos, como fios,cabos,disjuntores e outros dispositivos. 

Também é importante verificar qual o estado de conservação desses componentes, permitindo identificar desgastes iniciais ou danos que possam chegar a comprometer o sistema.

Outro ponto necessário é manter a limpeza e a organização do quadro de distribuição. Poeira e sujeira acumuladas podem causar danos que, se não contidos a tempo, são irreparáveis, gerando maiores dores de cabeça.

Portanto, manter o quadro organizado facilita a identificação de problemas e a realização de reparos.

Além disso, o diagnóstico e o ajuste de problemas comuns em estágio inicial — como curto-circuito, sobrecarga e mau contato — podem ser mais simples e econômicos, evitando danos aos equipamentos elétricos.

Por fim, a assistência técnica especializada não pode ser subestimada. Profissionais qualificados possuem o conhecimento e as ferramentas necessárias para realizar os devidos reparos.

Dessa maneira, contar com especialistas garante que a manutenção seja efetiva, prolongando a vida útil dos componentes e o funcionamento contínuo da instalação elétrica residencial.

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Para otimizar a instalação elétrica residencial, é importante contar com produtos de qualidade e que garantem, de fato, a segurança necessária.

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