Os problemas com sobrecarga elétrica residencial muitas vezes não são perceptíveis à primeira vista, mas o morador deve ficar alerta se perceber a ocorrência de desligamento constante do disjuntor, oscilação de lâmpadas ou se o chuveiro não esquentar corretamente.
Antes de tudo, é preciso esclarecer que o excesso de carga em um circuito elétrico é observado com mais frequência pela utilização de adaptadores e tomadas, disjuntores mal dimensionados ou, ainda, quando vários eletrodomésticos são ligados em benjamins.
Prevenção na rede de energia
A preocupação do setor com os altos índices de acidentes causados por sobrecarga elétrica motivou uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) em parceria com a International Copper Association (ICA).
No levantamento nacional foi observado que a população ainda tem dificuldade para adotar o hábito de reformar as instalações residenciais. Entre os respondentes, 46% informaram que nunca tinham realizado melhorias na rede doméstica. O percentual preocupa, já que no ano passado 764 pessoas morreram por acidentes de origem elétrica.
Em outras palavras, é preciso conscientizar a população sobre a importância de realizar a manutenção das instalações, principalmente em construções mais antigas (a partir de 15 anos). Apesar de os imóveis novos contarem com o projeto elétrico incluído na planta, é preciso ficar atento para quaisquer alterações observadas.
Por isso, o primeiro passo é consultar um profissional para avaliar a condição da rede doméstica e indicar a melhor alternativa de reparo ou reforma. Acrescenta-se que cuidados preventivos evitam curtos-circuitos, responsáveis por incêndios que podem colocar os moradores em risco.
Como evitar a sobrecarga elétrica?
Acima foram citadas algumas situações que sinalizam possíveis condições de excesso de carga e a consequência direta é o curto-circuito. O fenômeno acontece quando ocorre uma elevada passagem de corrente elétrica no circuito, provocando um aumento repentino de tensão.
Como resultado, os aparelhos ligados à tomada recebem uma quantidade maior de corrente elétrica, que é transformada em calor, danificando os fios condutores e os eletrodomésticos. Além da sobrecarga provocada por vários itens conectados na mesma tomada, fios desencapados e ligações erradas estão entre as situações mais encontradas pelos eletricistas.
A fim de proporcionar maior segurança na rede elétrica, é necessário esclarecer a função dos fusíveis e disjuntores. Esses dispositivos são utilizados para proteger a instalação e os aparelhos conectados, já que interrompem a passagem da corrente de energia nos casos de excesso de carga.
Os especialistas alertam os usuários para que não troquem os fusíveis ou disjuntores por opções de maior corrente (amperagem). A regra para esses casos é, inicialmente, mudar os fios e cabos elétricos por outros de maior seção (bitola).
Da mesma forma, nunca desative ou remova a chave de proteção automática contra choques elétricos, chamada de Dispositivo Diferencial Residual (DR). A função desse aparelho é identificar fugas de corrente em circuitos elétricos e desligar a fonte de energia, de forma a evitar a ocorrência de acidentes.
Protegendo a rede residencial
Antes de apresentar as medidas que o usuário pode adotar para evitar o curto-circuito nas instalações elétricas, é necessário destacar alguns exemplos que identificam essa condição: cheiro de queimado, tomadas com manchas pretas, queda de energia constante e lâmpadas inutilizadas com frequência.
Com esse entendimento, é possível adotar providências que minimizem as chances de sobrecargas elétricas e, consequentemente, curtos-circuitos. Em primeiro lugar, a recomendação é solicitar instalações ou manutenções somente com profissionais capacitados, preferencialmente no intervalo máximo de cinco anos, entre uma visita e outra.
Verifique com frequência a condição dos fusíveis e disjuntores elétricos, pois esses dispositivos são fundamentais na proteção das instalações residenciais. Eles atuam como protetores do sistema e, ao identificarem sinais de sobrecarga, interrompem a passagem da corrente, evitando maiores problemas estruturais.
Por fim, evite sobrecarregar aparelhos nas tomadas, troque a fiação com sinais de desgaste, proteja as tomadas a fim de evitar objetos não compatíveis e adquira materiais de qualidade. Em princípio, essas ações parecem simples, mas resguardam sua casa de acidentes e prejuízos.
Agora que você sabe como evitar sobrecargas elétricas, ficará mais atento para possíveis alterações e conseguirá agir preventivamente, contando sempre com ajuda de um profissional.
Para ficar atualizado sobre vários assuntos envolvendo energia elétrica residencial, visite nosso site.