Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a sociedade brasileira enfrentou vários desafios para conciliar as atividades profissionais e pessoais. No centro dessas mudanças estiveram presentes as residências que serviram de ponto de apoio aos trabalhadores que precisaram utilizar o espaço doméstico para continuarem a trabalhar. 

O ciclo que se aproxima do final deixou muitas lições para as famílias e uma delas, talvez entre as mais importantes, seja a de repensar a qualidade de vida e o consumo de bens e serviços. Com essa perspectiva, elencamos as tendências mais comentadas em termos de arquitetura. Saiba quais são elas no artigo a seguir!

Capacidade de adaptação

Antes de tudo, é preciso destacar que os profissionais de arquitetura e design de interiores destacaram-se na crise sanitária com a elaboração de projetos para adaptar “espaços de trabalho” em imóveis residenciais de diferentes dimensões, com variados orçamentos. 

Com a adoção do modelo home office, profissionais de diferentes setores econômicos, inclusive autônomos, tiveram de reservar um espaço da moradia para produzir e participar de reuniões, aulas e atendimentos a clientes e fornecedores. 

Ainda que a medida tenha sido muito importante no período de isolamento social, o público não estava preparado estruturalmente para a adaptação. Com auxílio desses profissionais, foi possível encontrar soluções econômicas e mais confortáveis do ponto de vista de ergonomia, iluminação e eletricidade. 

Passado o período de transição, estão em andamento as estratégias para retomada das atividades presenciais. Contudo, muitas empresas sinalizam que darão prioridade aos modelos home office ou híbrido (poucas idas ao escritório).

A partir dessa perspectiva, saiba quais são os estilos e cores mais comentados para o próximo ciclo.

Estética do conforto

Uma das prioridades de quem gosta de ficar em casa e teve de inserir o trabalho no espaço pessoal é manter a sensação de conforto. Por isso, o estilo comfy (confortável) continuará na lista de prioridades de quem deseja começar 2022 com um design repaginado. 

Entre as principais características dessa estética está o minimalismo, com poucos móveis para criar sensação de amplitude, uma iluminação balanceada, poltronas, puffs e cores neutras mescladas com tons pastel (verde e bege, por exemplo). 

Além disso, o dourado retoma o protagonismo em todas as peças da residência, nos detalhes de cadeiras e luminárias, e até em revestimentos de sofás e almofadas. 

Sustentabilidade em foco

A mudança de comportamento das pessoas em relação à forma de consumir e se relacionar com o ambiente não é recente. Foi resultado de uma série de ações globais e nacionais que apontam para a importância de utilizar os bens de consumo de maneira consciente e pensando nas futuras gerações.

Na arquitetura, essa conscientização está presente nas cores que nos remetem à natureza, com tons terrosos e verdes, em plantas naturais e na reutilização e reforma de móveis que podem ser revestidos com cores ou texturas atuais. 

Uma das tendências mais marcantes é o Cottagecore, movimento cultural que se consolidou globalmente em 2018 e prioriza espaços com elementos simples e acolhedores. A ideia é, basicamente, montar uma casa de campo com aplicação de madeira, fibras naturais e decorações artesanais do estilo “faça você mesmo”. 

Casas inteligentes

As “smart homes” chegaram para ficar e não é de agora. Contudo, com maior tempo em casa, as famílias avaliaram a necessidade de investir em soluções práticas, do ponto de vista tecnológico, e que contribuam para reduzir o consumo de energia, por exemplo.

Dessa forma, foram sincronizadas tarefas simples, como ligar e desligar lâmpadas, movimentar as persianas ou desligar os aparelhos eletrodomésticos. No quesito segurança, instalações de equipamentos de segurança e travas automáticas de portas e janelas complementam as soluções mais procuradas pelos proprietários. 

Em síntese, as pessoas esperam que o novo ano traga mais harmonia, equilíbrio e bem-estar pessoal e coletivo. As tendências citadas no artigo demonstram a busca por influências que nos mantenham motivados, relaxados e preparados para novas experiências. 

Não se trata apenas de escolher as tendências de arquitetura mais modernas para 2022, mas, sim, priorizar o que se considera mais importante em termos de qualidade de vida. 

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