
O acompanhamento do setor elétrico nacional divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) aponta que a oferta de energia hidráulica voltou a crescer, em razão do aumento das chuvas (13%), enquanto a geração térmica reduziu mais de 40%.
As informações demonstram um cenário positivo na redução de fontes não renováveis e responsáveis pelo aumento da emissão de gases de efeito estufa. Do mesmo modo, a geração eólica e solar continuam a crescer, impulsionadas pelos investimentos das empresas do setor.
Para entender os avanços, desafios e tendências do setor, reunimos informações relevantes para explicar como é possível investir na eficiência energética e na utilização de fontes renováveis de energia elétrica. Continue a leitura e fique atualizado!
Qual é o cenário do setor elétrico nacional?
O relatório do Balanço Energético Nacional (BEN), divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) no ano passado, destacou a redução na oferta de energia hidráulica, em razão da escassez de chuvas e o aumento da produção de usinas termelétricas.
Ainda assim, a oferta interna de energia cresceu 4,5%, devido às fontes renováveis como a eólica, a solar e a de biodiesel. Essas três modalidades foram responsáveis por 44,7% da produção gerada internamente, colaborando para que a matriz energética brasileira ficasse acima da média mundial.
No penúltimo mês de 2022, as expectativas continuam positivas em termos de uso de fontes renováveis, já que a geração hidráulica voltou a crescer em participação. Além disso, as fontes renováveis devem continuar em alta, com crescimento de dois pontos percentuais e destaque para a energia solar (70%).
Em relação aos consumidores brasileiros, a preocupação com o desperdício de energia elétrica também chama a atenção. Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) aponta que 65% dos entrevistados afirmaram que tomam atitudes para economizar, enquanto 21% evitam desperdiçar, mas não com frequência diária.
Quais são as principais tendências do setor elétrico para 2023?
É preciso destacar que as tendências envolvendo as atividades e programas do setor elétrico estão pautadas em sustentabilidade, tecnologia, pesquisas de campo e descentralização da oferta do bem.
Nesse sentido, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revelou que já começou a preparar um estudo para identificar os riscos associados aos custos de combustíveis e à instabilidade na geração de energia com fontes renováveis. A justificativa é ter maior conhecimento sobre informações como os custos para desenvolver as atividades e os riscos que podem surgir no cenário nacional.
Em outras palavras, o objetivo é ter acesso a informações mais detalhadas sobre geração de energia eólica e fotovoltaica, entraves, análise de cenários e instabilidade que pode ocorrer no caso de mudanças climáticas repentinas, como acontece com a estiagem de chuvas.
Com esse entendimento, elencamos algumas tendências que já estão em evidência e devem consolidar-se em 2023.
Descarbonização
Em linhas gerais, trata-se da transição defendida globalmente para impulsionar os investimentos em fontes renováveis e com menor produção de carbono, como é o caso da energia térmica.
De acordo com a Associação Brasileira das Comercializadoras de Energia Elétrica (Abraceel), o mercado livre de energia será fundamental nesse processo e a expectativa é de que sejam investidos recursos na ordem de R$ 142 bilhões até 2025.
Reorganização da matriz elétrica
No Brasil, a participação das fontes renováveis de energia atingiu 85% em 2021. Os recursos utilizados são oriundos dos seguintes sistemas: hidrelétricos, eólicos, biomassa de cana-de-açúcar e solar. O objetivo, então, é aumentar o incentivo às fontes que possam substituir a geração com água, tendo em vista o aumento da estiagem nos últimos anos.
Do mesmo modo, novas tecnologias estão em fase de desenvolvimento, por exemplo: usinas híbridas, redes inteligentes, veículos elétricos, hidrogênio verde e armazenamento/baterias.
Descentralização
Neste caso, a maior contribuição virá da energia fotovoltaica, já que a população poderá investir na produção de eletricidade para o consumo e, ainda, comercializar o excedente para as empresas. Outra possibilidade importante é aproveitar o modo de geração para adquirir carros elétricos, mais econômicos e sustentáveis.
Digitalização
A digitalização do setor elétrico está diretamente ligada às soluções tecnológicas da Inteligência Artificial (IA) e da Internet das Coisas. A ampliação de serviços dessa natureza oferecerão mais informações ao consumidor, que poderá avaliar a quantidade de energia consumida nos bens, como aparelhos eletrodomésticos e a própria instalação residencial.
Quais são os próximos passos do setor elétrico?
Além das tendências apresentadas, o mercado livre de energia elétrica é uma iniciativa que está no centro das atenções do mercado brasileiro. A portaria divulgada pelo Ministério de Minas e Energia no mês de setembro de 2022 (50/2022) revelou que todos os consumidores conectados em alta tensão terão oportunidade de aderir ao mercado livre a partir de 2024.
Na prática, o consumidor terá permissão para contratar o fornecedor de energia elétrica que oferecer o melhor serviço e preço. Vale destacar que essa possibilidade só era permitida a quem tivesse consumo mínimo de 500 quilowatts (kW). Para se ter uma ideia do atual cenário, o mercado livre de energia responde por 38% da eletricidade consumida no Brasil.
Também é importante ressaltar que, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), os estados com participação no mercado livre são estes: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Pará. Portanto, a ampliação da autorização será muito positiva para empresas e consumidores de outras regiões do país.
Em resumo, o Brasil está se preparando para fortalecer os investimentos na geração e consumo de energia elétrica proveniente de fontes renováveis. Esse compromisso é parte importante dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em que foi firmado o empenho na geração de energia limpa e acessível.
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