Tendências fundamentais para pensar em uma arquitetura mais inteligente e sustentável
18.03.2020Vivemos um período de intensas transformações na nossa sociedade. E dessa vez, estamos nos deparando com desafios mais complexos e com consequências irreversíveis.
Temos hoje uma população mundial de aproximadamente 7 bilhões de pessoas e com perspectiva de ampla expansão nas próximas décadas. Ao mesmo tempo, estamos consumindo mais recursos naturais do que a capacidade que o planeta tem para renová-los. Isso traz consequências sérias para a saúde da humanidade, seja com as doenças causadas pela poluição e pela exploração desses recursos, seja com os distúrbios sociais, emocionais e psiquiátricos que sofremos ao tentar garantir recursos que possibilitam uma vida digna e confortável.
Frente a esse cenário de desafios exponenciais é preciso pensar de forma coletiva, engajando diferentes setores da sociedade a pensarem ideias que ajudem a reverter esses processos e tornar a vida no planeta mais sustentável e inteligente. Pensando nisso, selecionamos os principais tendências de sustentabilidade que vem influenciando o universo da arquitetura a apostar em novas estratégias inteligentes para seus projetos:
- Diminuição na produção resíduos e neutralização das emissões de CO2
A emissão de CO2 é um problema central quando se fala em sustentabilidade pela sua contribuição no processo de aquecimento global, quando encontrado em grande concentração a atmosfera. O aumento da emissão do gás a níveis alarmantes está diretamente ligado ao processo de industrialização e tem como principal causa a queima de combustíveis fósseis no fabricação e transporte de insumos industrializados.
Como o mercado da construção civil é um dos maiores responsáveis por produzir e consumir esse tipo de insumo, existe uma preocupação recente por parte de construtoras e arquitetos em utilizar materiais e métodos de construção que diminuam a emissão de dióxido de carbono (CO2) no processo.
Uma das principais estratégias para isso está na troca do cimento, um dos insumos que mais contribuem para emissão de CO2, por materiais recicláveis ou cujo os recursos são renováveis, como o vidro e a madeira. Essa preocupação permite também a exploração de novas técnicas de edificação que sejam seguras e precisem menos de fundações tradicionais de concreto e aço (confira nossa matéria sobre o prédio inteligente feito de madeira e vidro).
Créditos: Shingeru Ban Archtets, disponível em http://www.shigerubanarchitects.com/works/2013_tamedia-office-building/index.html
Outra estratégia é a busca por fornecedores e parceiros que tenham produtos com certificados relacionados a sustentabilidade e ecodesenho. Esses produtos são projetados para gerarem o mínimo possível de emissão de CO2 em todo o seu ciclo de vida, sendo fabricados com materiais menos poluentes e possuindo uma maior durabilidade para evitar o descarte precoce e a geração de resíduos desnecessários (conheça a linha de acabamento elétrico Zenit, a única com certificado de Ecodiseño) .
A linha Zenit de acabamentos elétricos tem certificação de ecodesign dada pela Associação Espanhola de normatização e certificação (AENOR).
Vale lembrar que o problema gerado pelo CO2 não está ligado somente ao aumento da emissão, mas também a diminuição de áreas verdes no planeta, fazendo com que existam menos plantas para fazer fotossíntese e absorver o gás. Pensando nisso, arquitetos tem investido também em estratégias que possibilitem a reversão desse cenário integrem a construção com o meio ambiente que a cerca, deixando de utilizar recursos artificiais para aproveitar de forma eficiente recursos naturais, como veremos a seguir.
- Melhor gestão e aproveitamento dos recursos naturais
O desenvolvimento tecnológico e o estoque de recursos naturais possibilitou o conforto necessário para a humanidade povoar o planeta e se perpetuar como espécie. No entanto, muito das fontes de recursos que utilizamos, seja no consumo direto (como no caso da água), seja no funcionamento de algumas tecnologias (como combustíveis fósseis), não são renováveis e precisam ser racionados ou substituídos por outras alternativas que garantam o desempenho igual ou maior.
No universo da arquitetura esse desafio vem se desdobrando em dois caminhos antagônicos e ao mesmo tempo complementares. A primeiro caminho é a busca por projetos que sejam mais integrados ao meio ambiente, utilizando recursos naturais da região para minimizar o uso de tecnologias pouco sustentáveis. Com isso, vemos muitos projetos por exemplo, onde o foco entender o potencial de luminosidade natural e circulação dos ventos no local para diminuir ao máximo o gasto com processos tecnológico que demandam gastos de energia elétrica. Outra ideia é o uso de vegetação nativa e insumos da região para melhorar o isolamento térmico e acústico da construção.
Já a segundo movimento está ligado a adesão de novas tecnologias que ajudam a diminuir o consumo e gerir os recursos de forma inteligente. Nesse sentido, vemos que cada vez é mais comum o uso de aparelhos energeticamente mais eficientes (como lâmpadas de LED) e sistemas que utilizam recursos reciclados (como sistema de reúso de água), usados em conjunto com formas de automação que controlam o uso da tecnologia de forma que traga mais conforto e economia de recursos aos usuários (leia também nossa matéria sobre como automação e iluminação pode deixar nossa vida mais saudável).
ABB Free at home é uma solução fácil e acessível para automatizar operações como climatização, iluminação, abertura e fechamento de cortinas.
Apesar desses dois caminhos estarem se popularizando no mercado de forma independente, é muito comum que em projetos mais inovadores arquitetos busquem integrar estratégias de ambos os caminhos para o obter o maior impacto possível, afinal de contas, quanto mais recursos um projeto inteligente tiver, maior é o nível de conforto que ele pode oferecer (leia nosso texto sobre o uso da automação para melhorar a gestão da luz natural aqui).
No caso dessas tecnologias sustentáveis, além de uma relação mais equilibrada com o meio ambiente, elas também vêm proporcionando a possibilidade de emancipar os usuários de diversos contratos e responsabilidades que geram custo financeiro, mental e emocional, algo que pode ser visto como uma tendência em diferentes níveis da vida contemporânea.
- Vida mais leve e autônoma
Em um mundo estressante onde tempo é sinônimo de dinheiro e o acesso aos dois é cada dia mais complicado, enfrentamos jornadas exaustivas de trabalho para garantir um nível de acesso a recursos e conforto em um ritmo insustentável. Insustentável porque causa enormes danos para a nossa saúde mental e vida social à medida que abrimos mão de diversas coisas que nos geram prazer em busca do consumo de informação e bens materiais. Além disso, ele é insustentável porque seus custos financeiros só tendem a aumentar e é necessário pensar em alternativas para ter acesso a eles sem precisamos gastarmos tanto para isso.
Por causa disso, pessoas estão buscando um estilo de vida mais leve e simples, repensando sua forma de trabalhar, se relacionar e também de habitar espaços para reverter o malefícios de um estilo de vida insustentável. Nesse sentido, a arquitetura vem retornando a sua função principal e propondo ambientes cada vez mais regenerativos, funcionais e dinâmicos, possibilitando agregar diversas funções de forma harmônica em um mundo cada vez mais caótico onde os espaços estão cada vez mais disputados.
Mais uma vez a tecnologia tem um papel importante para viabilizar essas ideias. Com o uso de automação e Iot, por exemplo, é possível criar em um mesmo espaço diferentes cenas que favorecem múltiplas atividades como trabalho, leitura, lazer. Além de possibilitar a gestão e execução de tarefas de forma automática e eficiente proporcionando economia de tempo para os seus usuários.
Por fim, outra estratégia cada vez mais procurada na busca de uma vida mais sustentável e leve é a adoção de tecnologias que diminuem drasticamente o custo de vida e possibilitam que um espaço seja auto suficiente em recursos. O maior exemplo disso é o aumento da procura de sistemas alternativos de energia como os sistemas eólicos e fotovoltaicos. Esses sistemas além de alimentar os ambientes, também proporcionam o armazenamento de energia para alimentar diferentes outros recursos dos usuários, como veículos elétricos, ou até podem virar uma fonte de renda extra através da comercialização do seu excedente.
- ABB e o compromisso com uma arquitetura ainda mais inteligente
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